terça-feira, 14 de maio de 2013

André Gonçalves e seu sumiço da novela das 9 desde fevereiro

O guia turístico do Alemão, Miro (André Gonçalves) apareceu pela última vez no início de fevereiro (11) durante o Carnaval na comunidade. Ele foi dispensado por Nilceia (Paula Pereira) e nunca mais foi visto. Miro costumava andar pelo Alemão promovendo eventos para divulgar a comunidade Arte/UOL
Nesta sexta-feira (17) "Salve Jorge" chega ao seu último capítulo, e, entre erros e acertos, a trama de Glória Perez chamou atenção por abordar temas fortes – tráfico de mulheres e bebês -, pelos personagens carismáticos – Dona Helô, Pescoço, Maria Vanúbia – e até pelas derrapadas como problemas com continuidade em cenas e o "sumiço" repentino de alguns personagens, caso do Miro, papel de André Gonçalves, que prometia cair no gosto popular, mas se viu ausente do Alemão boa parte do folhetim.
No último final de semana, André recebeu a reportagem do UOL pouco antes de subir ao palco com a peça "A Paixão do Jovem Werther" (baseada no livro "O Sofrimentos do Jovem Werther"), que chegou ao fim da temporada carioca e parte rumo a Minas Gerais e São Paulo. Durante a conversa, o ator de 37 anos rejeitou o fato de ter sido afastado de "Salve Jorge" sem motivo aparente.

Adoro trabalhar, mas adoro o ócio. Tudo veio a calhar
sobre ausência em "Salve Jorge"
"Tudo foi planejado, combinado. A Glória não se esqueceu do personagem", afirmou André. Segundo ele, a "democracia impera na rede Globo". "Não houve nenhum comunicado, nem mesmo conversei com a Glória. Ela tem total liberdade para fazer o que quiser com os personagens que cria", acrescentou.
Antes de "Salve Jorge", André havia feito sucesso com o divertido gay Áureo, de "Morde e Assopra", e com o jornalista Pedro Fonseca, de "Amor Eterno Amor". Indagado se ficou algum tipo de ressentimento de Miro não ter tido o mesmo êxito, o ator descartou: "Adoro trabalhar, mas adoro o ócio. Tudo veio a calhar".
Longe da televisão, André se dedicou ao teatro, mas fez questão de acompanhar o trabalho dos amigos pela televisão. "Gostei muito da novela, achei bacana a Glória ter trabalhado um tema internacional e poucas vezes se colocou uma favelada e traficada na trama central da história. Foi muito importante ter estado nesse projeto, mesmo que por pouco tempo", opinou."Produzir um texto clássico é arriscado"
Com mais de 20 anos de carreira, André Gonçalves está cada vez mais ligado ao teatro, ao qual chama de "casa". O ator que começou atuar aos 12 anos e chegou a fazer parte do Teatro do Oprimido, criado por Augusto Boal, disse que se pega meditando "não ter muito tempo para fazer o que gostaria no palco" e assumiu que a escolha por encenar um texto de Goethe, foi arriscada.
"Produzir um texto clássico é arriscado. Não tive patrocínio algum, mas não ia deixar de fazer por causa disso. Era um projeto pessoal e não tinha como voltar atrás", explicou o ator que em cena dá vida ao atormentado Werther que chega ao limite da loucura por causa do amor. "O clássico é importante para todo ator, e estar envolvido com isso é algo para o resto da vida, é uma obrigação nossa", prosseguiu.



Marcos Pinto/UOL
Eu não preciso desse tipo de opinião alheia
sobre rótulo de "Don Juan da Globo"
Em cena, André atua ao lado de Marcello Gonçalves, Amanda Lira e Gabriela Durlo. "Werther é um personagem do gênero humano e engloba muitas situações sociais, mas nossa escolha sempre foi falar sobre o amor, para os românticos. Mas não deixamos de lado essa atmosfera de sofrimento e amizade", ressaltou.
O amor aliás é um tema recorrente à vida pessoal do ator, que está namorando, mas não quis revelar a identidade da amada. Conhecido por ter se envolvido com diversas atrizes como Renata Sorrah, Alessandra Negrini e Letícia Sabatella. André fez questão de negar o título de "Don Juan da Globo". "Que eu saiba esse título é do Zé Mayer, eu não preciso desse tipo de opinião alheia", garantiu dando risadas.
Quando o assunto é sua trajetória na TV, ele disse se orgulhar dos personagens mais "exóticos", como o índio Apingorá da minissérie "A Muralha", mas não negou a importância de ter vivido o gay Sandrinho, de "A Próxima Vítima". Na época, André chegou a ser agredido nas ruas. "Acho que vamos sempre estar um pouco atrasados quanto a esse assunto na televisão, mas sinto que a sociedade está avançando", disse.
Sobre a participação no reality show "Casa dos Artistas 2", André afirmou que nunca teve medo de ficar marcado como "ex qualquer coisa". "Quando aceitei já era um ator conhecido, foi uma experiência de autoanálise profunda, fiquei 93 dias lá e não me arrependo. Conheci a Cynthia e tive minha filha, que é a lembrança mais marcante daquilo tudo", contou referindo-se a Valentina, do relacionamento com a jornalista Cynthia Benini. Pai ainda de Manuela, com Tereza Seiblitz, e de Pedro Arthur, com Myrian Rios, ele afirmou que a relação com as ex-mulheres é "ótima, graças a Deus".

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